Soneto do amor total
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinícius de Moraes
Rio de Janeiro, 1951.
Na Sala de Leitura com os alunos e alunas do 8º Ano - Atividades de leituras: biografia, frases e poesias de Vinicius de Moraes. Além dos estudantes, estavam presente a professora de português Wédna, Iolanda a coordenadora de apoio e a coordenadora de biblioteca Liduína.
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